Sou o resultado dos meus sonhos, dos meus ideais, da minha confusão interna, da minha busca incansável por mim mesma, das dores e dos amores. Não tenho certeza de onde termino e onde o outro começa em mim. Tenho um pé numa outra realidade, um olhar voltado para o invisível, para os mistérios que ecoam além do que os olhos podem ver.

 

É como se eu vivesse uma vida dupla. Uma parte de mim está imersa nos mundos interiores, na conexão profunda com o universo e com a energia que nos cerca. A outra parte tenta se equilibrar no plano material, nos desafios e exigências da realidade terrena – uma dança constante entre o sentir profundo e a necessidade de estruturar e seguir em frente.

 

Essa dualidade me ensina a enxergar luz mesmo nas sombras, a encontrar beleza nos contrastes, a rir da vida mesmo quando ela parece pesada demais. Ela me permite escolher, a cada dia, tornar-me uma versão melhor de mim mesma, abraçando o fluxo da existência com coragem e entrega.

 

A escrita sempre foi minha impressão digital. Cadernos e diários guardam rastros da minha jornada, das palavras que me atravessam e das emoções que sustentam tudo o que sou. Como uma melodia, cada palavra carrega intenção, verdade e entrega. Diante do lápis e do papel, eu me reconheço.

 

Minha maior força está na intuição, na empatia, na imaginação e na compaixão. Minha maior dificuldade está em lidar com a rigidez do mundo, com suas regras e estruturas fixas, onde a confusão às vezes se instala. Mas há em mim um espaço que sempre me lembra de respirar, esperar e confiar.

 

A essência divina está presente em mim e me ensina a esperar, agradecer e descansar. É nesse momento que lembro que estamos aqui para vivenciar, aprender e sentir. e escolho experimentar a vida das diversas formas que ela se apresenta, transformando tudo em experiência para o próximo passo. Porque, no fim, estamos todos aqui para isso: para sentir, para aprender, para nos expandirmos além do que imaginamos ser possível.